Do grupo que ainda estava acampado no  Aeroporto de Guarulhos, três continuam no Brasil, mas dormem em hostel e não mais no terminal 2
Divulgação/Conectados do Terceiro Setor
Do grupo que ainda estava acampado no Aeroporto de Guarulhos, três continuam no Brasil, mas dormem em hostel e não mais no terminal 2

Terminou a saga dos colombianos que dormiam no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos . Um vôo na madrugada de domingo (28) levou o grupo a Bogotá onde os repatriados agora cumprem período de quarentena de 14 dias – antes de poderem seguir para suas cidades de origem. O número de colombianos embarcados, porém, ainda é conflitante. Tanto para a GRU Airport , concessionária que administra o aeroporto , quanto para a ONG Conectados do Terceiro Setor , que prestou apoio psicológico aos estrangeiros, das cerca de 300 pessoas que chegaram a compor o grupo, restavam 30 acampadas.

A concessionária, entretanto, informa que dos 30 colombianos remanescentes, 27 embarcaram para Bogotá e três foram hospedados em hostel em São Paulo, às custas do Consulado, até conseguirem um voo de retorno. A ONG, por sua vez, contabiliza o embarque de 32 pessoas: de acordo com a entidade, dois colombianos que tinham comorbidades e não podiam permanecer no terminal 2, se juntaram aos compatriotas na hora do embarque. O iG procurou o Consulado da Colômbia para confirmar essas informações, mas não obteve retorno até o fechamento desta publicação.

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O governo da Colômbia declarou no site da representação: “Após três meses do início das medidas adotadas pelo governo nacional para impedir a propagação do Covid-19 na Colômbia, a Embaixada e os Consulados da Colômbia no Brasil destacam que ontem (28 de junho de 2020) retornaram ao país mais 164 compatriotas retidos no Brasil. Com o nono voo do Brasil, 1.368 colombianos e suas famílias retornaram ao país em vôos humanitários , aprovados pelo governo colombiano no contexto da emergência sanitária causada pela pandemia ”. Vale esclarecer que o número de “164 compatriotas”, mencionado, diz respeito a colombianos repatriados que estavam em outras regiões do Brasil.

Permanência

Um grupo de 15 colombianos começou a dormir no Aeroporto de Guarulhos no início de maio. Em junho esse número chegou a mais de 300. Em geral, eram imigrantes, pessoas desempregadas e despejadas das casas onde moravam por dificuldades financeiras, provocadas pelas demissões em massa resultantes da pandemia do novo coronavírus . Também havia no grupo, estudantes e turistas, além de famílias com idosos e crianças.

Com as fronteiras fechadas pela emergência sanitária, o governo da Colômbia estabeleceu um valor em torno de US$ 400 (cerca de R$ 2,144 mil) por pessoa para custear voo e quarentena obrigatória de 14 dias em hotel de Bogotá. Os colombianos então passaram a denunciar o problema tornando a recusa do governo em custear a repatriação tema de discussão no Brasil e em todo o mundo. A comoção desencadeou várias ações, inclusive vaquinha virtual na Colômbia, para financiar o retorno dos compatriotas. Aos poucos os voos de retorno a Bogotá foram surgindo e o grupo, entre um sorteio e outro, foi contemplando quem deixaria o Brasil. No último domingo o terminal 2 foi esvaziado e na quarta (1º) houve um trabalho de desinfecção da área pública, feita por soldados do Exército e da Marinha .

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