Um ano se passou desde aquela quinta-feira do assalto cinematográfico ocorrido no setor de cargas do Aeroporto de Guarulhos. Na ação criminosa, bandidos fortemente armados se passaram por políciais federais , entraram na área de separação de cargas, renderam funcionários e levaram o equivamente a R$ 117, 5 milhões em barras de ouro . As investigações levaram à prisão de seis integrantes do bando, o último deles, Francisco Teotônio da Silva Pasqualini , conhecido como “Veio”, foi capturado em janeiro deste ano em São Caetano do Sul. Ele é apontado como mentor do grupo.
De acordo com as investigações, a quadrilha é ligada ao Primeiro Comando da Capital ( PCC ), facção que age dentro e fora dos presídios, e alguns de seus integrantes pertecem à cúpula da organização criminosa . O bando tem um vasto histórico de ações criminosas : vão de roubo a bancos , a carros fortes e promoção de seqüestros até invasão a uma delegacia no Mato Grosso e roubo milionário no Paraguai .
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Para a polícia o planejamento ao assalto em Guarulhos envolveu dez pessoas. As investigações indicam que o grupo chegou ao aeroporto em dois carros identificados como se fossem viaturas da Polícia Federal . Com armas de grosso calibre, teriam rendido os funcionários que faziam a manipulação da carga, obrigando-os a transferir o ouro para um dos veículos. A polícia acredita que a entrada dos ladrões foi facilitada pelo supervisor de logística, que afirmou ter sido rendido na noite anterior. As investigações apontam que o ouro pode ter ido fracionado para o mercado chinês ou mesmo para os Estados Unidos e Canadá.