Sete hábitos para manter a saúde mental até o próximo Setembro Amarelo

Psicóloga Carina Pirró lista sete hábitos para manutenção da saúde mental

Com quase 20 anos de experiência clínica, Carina Pirró é psicóloga e especialista em medicina comportamental.
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Com quase 20 anos de experiência clínica, Carina Pirró é psicóloga e especialista em medicina comportamental.

Mais um Setembro Amarelo está chegando ao fim, mas as condições para que as pessoas desenvolvam quadros de ansiedade , depressão e burnout continuam as mesmas o ano todo. Pensando nisso, pedimos para que a psicóloga especialista em neurociência Carina Pirró listasse hábitos positivos que ajudam a manter as pessoas longe da tristeza nos próximos 12 meses. Confira!

1. Atividade física.  Dá preguiça, mas é preciso. Além de todos os benefícios para o corpo, exercícios regulares também são excelentes para a saúde mental. Durante a atividade física, o cérebro libera uma série de hormônios que ajudam a manter o sono em dia, aumentam a sensação de bem-estar e ajudam na renovação dos neurônios. 

2. Tomar sol.  A exposição diária ao sol de pernas e braços por pelo menos 15 minutos faz aumentar a produção de endorfina no cérebro. Este hormônio é responsável pela sensação de alegria, é um antidepressivo natural.

3. Terapia.  Você não precisa esperar uma crise para procurar um psicólogo. O profissional de psicologia tem ferramentas para ajudar a organizar as ideias, lidar com os sentimentos, administrar o cotidiano e contornar imprevistos.

4. Convívio social.  Com a rotina atribulada, às vezes falta tempo para estarmos com amigos e familiares. O problema é que abraços apertados fazem falta para o nosso cérebro. O convívio social alivia o estresse e reduz o risco de depressão e demência. 

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5. Positividade.  O nosso cérebro não sabe o que é real e o que é ficção. Por isso que nos assustamos ao assistir filmes de terror, por exemplo. Se você já estiver desanimado ou triste, evite consumir conteúdos que despertem sentimentos negativos. Dê preferência àquilo que faça rir ou dê vontade de abraçar alguém. 

6. Autoconhecimento.  Saber exatamente o que faz você feliz é uma mão na roda. Isso porque o cérebro guarda as informações em combos, que podem ajudar ou piorar o estado emocional. Uma música, por exemplo: se você a ouviu muito enquanto estava de luto, ela pode ativar todo o sistema de tristeza que o cérebro registrou à época; mas, se ela foi executada muitas vezes nas férias, com os amigos e muitas risadas, ela ajuda a ligar as memórias de felicidade. Tente repetir os hábitos de momentos felizes e evitar aqueles ligados a episódios tristes.

7. Faça planos.  Você sabia que uma das principais características de pessoas com depressão é a ausência de planos para o futuro? Sonhar, ou seja, ter objetivos alinhados aos seus valores e trabalhar por eles ajuda a manter o foco e os níveis de energia mesmo em momentos desafiadores. Quando conquistar um objetivo, trace novas metas, mesmo que sejam simples, como ir para a cama mais cedo ou comer uma fruta por dia. 

8. Durma bem.  A privação de sono pode desencadear crises de ansiedade e sintomas depressivos. É durante o sono que acontece uma espécie de faxina no nosso cérebro, quando as informações são organizadas e acontecem novas conexões neurais. Estabeleça uma rotina de sono, com hora para deitar e se levantar da cama. 

Sobre Carina Pirró 

Com quase 20 anos de experiência clínica, Carina Pirró é psicóloga e especialista em medicina comportamental. Compôs equipes de tratamento de obesidade e emagrecimento, psicologia hospitalar e agora se dedica a neurociência para apoiar pacientes com ansiedade e depressão. Nas redes sociais, reúne quase 17 mil seguidores, com quem compartilha reflexões leves e bem humoradas sobre temas espinhosos.