Terminal de Cargas pode sofrer impacto em preços e operações

Desde o dia 2 de novembro, a GRU Airport enfrenta uma sequência de problemas que afetam o setor logístico e, consequentemente, os consumidores e empresas

Jackson Campos é Diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, autor do livro Venda por telefone sem precisar visitar: Um guia para serviços de comércio exterior. Saiba mais em jacksoncampos.com.br
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Jackson Campos é Diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, autor do livro Venda por telefone sem precisar visitar: Um guia para serviços de comércio exterior. Saiba mais em jacksoncampos.com.br

O Terminal de Cargas do Aeroporto de Guarulhos (TECA) enfrenta uma crise que pode resultar em aumentos nos preços dos produtos e ameaça atrasos na entrega de medicamentos essenciais . Embora seja conhecido que o TECA opera sob uma carga pesada, a situação atingiu um ponto crítico, afetando não apenas a importação , mas também comprometendo a exportação .

O volume de cargas armazenadas atingiu níveis tão elevados que as unidades aeronáuticas, uma vez descarregadas, não estão sendo liberadas a tempo para retornar com cargas destinadas ao exterior. "O terminal tem um papel importante no transporte de mercadorias, conectando o Brasil ao resto do mundo. Quando esse sistema enfrenta desordens e ineficiências, diversos setores são afetados”, explica o especialista em comércio exterior e Diretor da AGL Cargo, Jackson Campos.

Entre os principais obstáculos, Campos destaca a interrupção do sistema operacional do terminal, que resultou em atrasos e dificuldades na gestão de cargas. Além disso, falhas em equipamentos essenciais comprometeram a eficiência do processo logístico, gerando transtornos para importadores e exportadores que dependem do Aeroporto de Guarulhos como ponto fundamental para suas operações.

O especialista ainda chama atenção para o setor da saúde, e diz que os medicamentos com temperatura controlada estão sendo priorizados. No entanto, mesmo esses enfrentam atrasos, enquanto matérias-primas secas ficam dias na pista, aguardando serem processadas em ordem de chegada.

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Segundo a GRU Airport, a situação foi agravada pela ocorrência de fortes chuvas na região, exacerbando as dificuldades logísticas e contribuindo para a extensão do período de interrupção.

“É importante ressaltar que somente em 19 de novembro a GRU Airport retomou o atendimento nos finais de semana, buscando mitigar os impactos acumulados ao longo das últimas semanas. Essa medida visa acelerar a normalização das operações e reduzir os prejuízos enfrentados pelos envolvidos na cadeia logística”, enfatiza Campos.

Para o especialista em comercio exterior, esse colapso no terminal não apenas encarece os produtos que chegam ao Brasil, mas também prejudica a eficiência do país no cenário internacional. A incapacidade de processar cargas de exportação de forma oportuna prejudica a reputação do Brasil como parceiro comercial confiável, e destaca “As comunidades empresariais, em particular, estão sofrendo as consequências financeiras dessa crise logística, enfrentando custos adicionais e atrasos que impactam diretamente a competitividade no mercado global” finaliza.