
Bares, restaurantes e casas noturnas voltaram a funcionar neste sábado (18) em clima de fim de quarentena e volta ao que era normal antes da pandemia de covid-19 . Havia muitas aglomerações e quase nenhuma adesão ao uso de máscara nos estabelecimentos mais movimentados da noite guarulhense , na região central. A prefeitura afirmou que fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU) vistoriaram e aplicaram multa aos comércios que descumpriram as determinações do Plano São Paulo de flexibilização .
As casas mais cheias eram as do “ circuito das baladas ”, na região da avenida Paulo Faccini. Entre 23h30 e 0h30, vários bares estavam abertos e as pessoas ávidas por entrar nos salões. As calçadas na Paulo Faccini estavam tomadas por carros estacionados a 45º e 90º porque a Tapajós , rua que reúne um grande número de estabelecimentos com presença massiva de jovens, também não suportou mais o volume de veículos. Na rua Tapajós o congestionamento formado não deixava dúvida de que a vida em Guarulhos havia voltado ao normal.

A prefeitura enviou nota afirmando que esteve nos comércios da rua Tapajós e aplicou multa aos estabelecimentos em desacordo com a lei
Nessa área próxima a avenida Paulo Faccini, existem adega, tabacarias, bares e restaurantes. Muitos deles apinhados e onde havia tumulto invariavelmente as pessoas estavam conversando em grupos, portanto, muito próximas e sem devido uso de máscara . O equipamento, de uso obrigatório, aliás, era coisa rara de se ver tanto na parte interna quanto externa dos bares mais movimentados. Destoava o Vila Velha, um desses bares com grande movimento de jovens, que perto das 23h30 já estava com as cadeiras suspensas sobre as mesas. Um garçom que limpava o salão reage a aproximação de um cliente com o típico gesto de uma mão deslizando sobre a outra para informar que o expediente acabou.
Em nota, a prefeitura garante que fiscalizou os comércios da região da avenida Paulo Faccini: “A SDU esteve na Rua Tapajós neste sábado (18) e autuou alguns locais que não estavam em cumprimento com as determinações”. A nota reitera que o uso de máscara é obrigatório também em bares e restaurantes e que os clientes podem retirar a proteção apenas para consumir algum alimento ou bebida, desde que haja distanciamento .
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Alameda Yaya

Os tumultos não aconteceram somente no centro, mas em boa parte da região central da cidade. Nessa área, muitas pessoas esqueceram que a quarentena está em vigor e que a reabertura não significa a aniquilação total da covid-19 do meio ambiente. Por volta das 22h15, na Alameda Yayá, clientes celebravam um aniversário em bar recém-inaugurado. Em comemoração efusiva, como devem ser os aniversários (fora de tempos de pandemia ), as pessoas estavam muito próximas e sem máscaras. Mais adiante, em uma hamburgueria, clientes guardavam distância até maior que a de 1,5 metro em mesas alternadas. Numa delas, porém, havia número grande de pessoas reunidas. Todas estavam sem máscara e conversando muito próximas. Os dois episódios aconteceram a poucos metros de duas bases da Guarda Civil Municipal , na praça Mário Neves (Gopoúva) e Inspetoria de Patrulhamento Tático da Ronda Municipal – Romu (Torres Tibagy).
Cenas como essas, aparentemente naturais, passaram a ser condenadas pelas autoridades sanitárias e de saúde desde a decretação da quarentena , em 24 de março. A partir de então o estado de São Paulo e Guarulhos, por extensão, estabeleceram critérios de fechamento dos comércios e serviços não essenciais cujas regras agora começam a ser afrouxadas a pretexto da retomada das atividades econômicas e manutenção das empresas e empregos .
Nota
Em nota, a prefeitura de Guarulhos explicou que a cidade está seguindo o decreto estadual, que determina 6 horas de funcionamento para este tipo de atividade e que o controle dos estabelecimentos cabe à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU). De acordo com a nota, “a SDU esteve na Rua Tapajós neste sábado (18) e autuou alguns locais que não estavam em cumprimento com as determinações”. A nota reitera que o uso de máscara é obrigatório também em bares e restaurantes e que os clientes podem retirar a proteção apenas para consumir algum alimento ou bebida, desde que haja distanciamento social . A nota conclui com uma solicitação da prefeitura para que “os proprietários de estabelecimentos sigam e respeitem as medidas preventivas previstas pelo governo municipal, que estão especificadas no §12 do Art. 3 do decreto nº 36.757/2020, para a proteção de seus funcionários e clientes. Caso não sejam cumpridas estas determinações, o departamento de fiscalização irá autuar o local. E pde que a população denuncie os abusos e desrespeitos ás regras da quarentena pelos números 153 ou 2453-6700 / 6701 / 6705.