
Impedido de funcionar desde a última quarta-feira (22) por aglomerações e perturbação ao sossego público , o bar Adega 33 tenta recuperar o direito de reabrir o mais rapidamente possível. Um dia após o fechamento o clima entre os funcionários era de apreensão e incertezas quanto ao que vai acontecer daqui para frente. “A gente ainda não sabe o que vai acontecer, o dono está resolvendo as coisas”, disse um trabalhador que preferiu não se identificar. No final da tarde o estabelecimento estava aberto, mas para trabalhos de limpeza e manutenção. Um funcionário informou que o proprietário da casa, Ronaldo Luiz Vilela, não estava no local.
Embora a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU), responsável pela emissão de licenças , alvarás e fiscalização do comércio , tenha informado o fechamento da Adega 33, não havia qualquer adesivo ou cartaz na entrada do estabelecimento informando o público sobre a decisão da prefeitura. A informação constante nas amplas janelas do comércio informavam apenas o horário de abertura e fechamento: das 16h às 22h.
Regularização
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, o local foi autuado quatro vezes no último final de semana. Foram duas multas no sábado (18) por aglomeração e perturbação no sossego que se repetiram no domingo (19). O valor de cada multa por aglomeração (desrespeito ao decreto municipal do coronavírus) é de R$ 1.129,41 (329,3808 UFGs) e por perturbação do sossego é de R$ 1.882,35 (548,9680 UFGs). A SDU informa que “o estabelecimento poderá solicitar a deslacração no Fácil”, mas o pedido de liberação não é automático, precisa passar por avaliação do órgão. “Ele poderá voltar a funcionar assim que a Pasta autorizar, respeitando as determinações municipais para não propagação do vírus”, complementou a SDU por meio da assessoria de imprensa.
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Aglomeração

No primeiro final de semana após o início da flexibilização para bares e restaurantes , o bar e casa noturna Adega 33 voltou a receber seus clientes, como os demais estabelecimentos do “circuito das baladas” na região da avenida Paulo Faccini. A rua Tapajós , onde fica o comércio , estava abarrotada como se a quarentena tivesse acabado. No interior da Adega uma multidão se aglomerava em busca de lazer e diversão. Aparentemente não havia qualquer restrição à desobediência das regras e durante o tempo de permanência da reportagem do iG no local, entre 22h10 e meia-noite.
O que estava muito visível, além do desrespeito ao distanciamento social , era o descumprimento de medidas preventivas nas áreas internas e externas do estabelecimento, como, por exemplo, o uso de máscara no salão fechado . A imposição do uso da proteção facial é uma das condições do governo do estado e da prefeitura de Guarulhos para permitir o funcionamento dos estabelecimentos de comércio não essencial , de acordo com o Plano São Paulo de flexibilização , cujo cumprimento é obrigatório a todas as cidades paulistas. O plano liberou o funcionamento desse setor em Guarulhos desde o dia 13, quando a cidade foi alçada à fase amarela .
Jorge Taiar , secretario da SDU, lembra que a quarentena não acabou e que a permissão de reabertura está condicionada ao cumprimento das determinações: “Os estabelecimentos devem ter a consciência de que a pandemia não acabou e que devemos realizar uma retomada econômica de forma responsável para proteger a população e inclusive os seus próprios funcionários. Ações de desrespeito ao determinado pela municipalidade podem acabar comprometendo a retomada econômica , caso façam os números de casos crescerem”.