Moradores do condomínio Golden Plaza , na rua Celso Rodrigues Salgueiro, região do Jardim Novo Portugal , relatam medo e tensão com a falta de iluminação pública no local. Além do recém-inaugurado empreendimento, na rua também está localizado o SEST SENAT , que oferece uma área de cursos, esportes e lazer ao guarulhense.
A sensação de insegurança dos novos moradores da região é grande, já que muitos saem ainda de madrugada para trabalhar e só voltam à noite, sempre na escuridão e sendo acompanhados pelo sentimento de insegurança que a falta de iluminação traz. Há vários relatos de usuários de drogas que se aproveitam da escuridão para usufruírem das substâncias ilícitas e até moradores que foram perseguidos por pessoas desconhecidas no local.
"Saio para trabalhar às 4 da manhã, sozinha, pois neste horário ainda não sai ninguém do condomínio e os ônibus ainda estão começando a sair da garagem. Me sinto completamente insegura ao sair neste horário mas não tenho outra alternativa. Trabalho na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, e preciso pegar o intermuncipal que não passa na Avenida José Brumatti. Saí certo dia e percebi um homem me seguindo. A rua realmente é muito escura e não há policiamento no local", relata Ana Paula, moradora do condomínio há três meses.
"Estou no processo de mudança para o apartamento e todas as vezes em que fui á noite, percebi uma movimentação estranha, com pessoas escondidas na escuridão da rua. Já tive problemas de gente assoviando e mexendo comigo. Moro sozinha e, para me locomover, vou a pé já que não tenho carro. Fico com medo, pois volto muito tarde do trabalho e a única iluminação, ainda bem precária, é da empresa instalada no quarteirão de acesso ao condomínio", conta também Louise Nazareth.
"Trabalho na República, no centro de São Paulo, e chego sempre bem tarde. Certo dia cheguei por volta de 21h30, a rua muito escura e havia quatro caras fumando droga na calçada. Ouvi um deles falar para o outro "olha essa mina aí" e o outro respondeu "não mexe com ela porque ela mora aqui". Creio que este já tenha me visto alguma vez saindo so condomínio para saber que moro lá. Fiquei com muito mesmo, pois eram quatro caras", relata outra moradora.
"Tive que mudar meu horário de trabalho. Hoje entro mais cedo para sair um pouco mais cedo, pois na segunda semana morando no apartamento, desci no ponto de ônibus por volta das 21h30 e tinha um cara estranho que ficou me encarando e chegou a me seguir até metade do caminho. Não sei qual era a intenção dele, mas naquela rua escura minha única reação foi correr para chegar na portaria mais rápido. Na época não tinha tanto fluxo de morador, então para mim, que saio e volto sozinha, é muito perigoso. Felizmente consegui mudar meu horário, mas chego cerca de 19h00 ainda com muito medo. Agora sempre tem algum morador descendo a pé também, então eu acompanho", relata a moradora Aline.