Dr. Helder Tadeo Kogawa, do Samu
Divulgação/Prefeitura de Guarulhos
Dr. Helder lembra que o doador precisa ter o cuidado de chegar ao hemocentro usando máscara de proteção

Em tempos de pandeia as doações de sangue, que já são baixas normalmente e caem ainda mais no outono e inverno, descem a níveis perigosos para quem depende de transfusão. Uma  campanha para sensibilizar e mobiizar mais doadores aos três hemocentros da cidade terminou na sexta-feira (22), mas a necessidade de mais doadores, não se encerrou com ela. Doar sangue é seguro, garantem os especialistas.

Para entender os níveis de segurança durante uma doação conversamos com o dr. Hélder Tadeo Kogawa, coordenador médico do Samu Guarulhos. Helder, como prefere ser chamado, tem 54 anos e quase 28 anos de atuação, sendo 24 deles dedicados ao atendimento pré-hospitalar. Tem especialização em cirurgia geral e urologia. Atua há 16 anos no Samu Guarulhos, 14 deles na coordenação médica. Também está na coordenação médica do Samu Suzano há 13 anos.

O especialista já salvou muita gente e viveu situações dramáticas, como num atendimento à criança ferida gravemente em acidente de trânsito. Aquela criança infelizmente não sobreviveu, mas deixou no médico plantada uma energia ainda maior para continuar a salvar vidas. Por falar em doação, dr. Helder doou um tempinho para a nossa reportagem semana passada e explicou como é a doação sob a pandemia. Acompanhe:

iG – Existem riscos adicionais para quem doa sangue nesse tempo de isolamento social pela Covid-19?
Dr. Helder – Na campanha realizada , todas as medidas de segurança foram adotadas para evitar aglomeração no local e diminuir o tempo de permanência das pessoas nos postos de coleta, além de disponibilizado álcool em gel em vários pontos do processo da doação para os candidatos manterem suas mãos higienizadas durante a permanência nesses locais e guardar a distância mínima entre as pessoas.

Quais os cuidados que doador e técnico que faz a coleta precisam ter antes, durante e depois da coleta?
Os técnicos devem utilizar máscaras cirúrgicas ou N95 (não necessariamente as N95), óculos, jaleco e luvas. Quanto ao doador, a utilização de máscara se faz necessária e preferencialmente que o candidato já esteja usando; evitando aglomeração, agilidade no processo para liberação da unidade; álcool em gel para higienização e distância mínima entre pessoas.

Quem já teve Covid-19 pode doar?
Candidatos que apresentaram infecção pelo Covid-19 são considerados inaptos por um período de 30 dias, após recuperação clínica completa (assintomáticos). Após 30 dias do final dos sintomas estará apto. Candidatos que tiveram contato direto (domiciliar ou profissional) com casos suspeitos ou confirmados de contaminação por Coronavírus devem aguardar 14 dias após o último dia de contato, para realizar a doação de sangue. Profissionais da saúde (médicos, enfermeiros entre outros) que tiveram contato direto (domiciliar ou profissional) com pacientes devem aguardar 14 dias após o último dia de contato, para realizar a doação de sangue.

O que é preciso para ser doador?
Estar em boas condições de saúde e alimentado, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato, o qual irá passar por uma triagem. Aconselhável também evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Outros impedimentos poderão ser identificados durante a entrevista de triagem.

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